sexta-feira, 18 de abril de 2008

scream! run! save your life!

Você já reparou que em qualquer filme de terror ou blockbusters que envolvam qualquer tipo de catástrofe (metereológica ou provocado pelo vilão) entre a população que sai correndo desgovernada para salvar a própria pele não há crianças, carrinhos de bebê ou qualquer outro tipo de menção que menores de 18 anos existam*? Se alguma forma de vida de algum planeta lá fora estiver assistindo esses filmes para entender a humanidade, vai imaginar que aparecemos todos por geração espontânea, já adultos e intelectualmente formados.
Os estúdios não são bobos, evidentemente existe um motivo para isso: eles perderiam bilheteria de TODA a população feminina que tem filhos. Está certo, ninguém tem sangue de barata, de uma maneira geral nenhuma pessoa seria capaz de assistir um filme aonde a vida de crianças é ameaçada concretamente de alguma forma.Mas quando a gente é mãe, a dor de assistir uma cena dessas é física, dá ânsia de vômito, pode dar arrepios e as lágrimas são impossíveis de conter.Parece que estão nos sufocando com o cordão umbilical. Concordo que de vez em quando a gente chora até vendo comercial de margarina, mas isso é assunto para outro post.
Enquanto isso na entrada e saída das escolas a vida continua normal, as conversas de mãe continuam no trivial simples e ninguém, nenhuma mãe mesmo toca no outro assunto que anda rolando por aí-sim, você sabe qual é, mas não vai admitir nunca, não é? Se alguma outra pessoa tocar no assunto, você vai chorar em público e convenhamos que um pouco de compostura mantém o grupo com sanidade mental.
Assim como todas as outras mães, não estou acompanhando o frenesí da mídia. Da mesma maneira que não acompanhei nenhum outro antes nem acompanharei outros que espero nunca aconteçam no futuro. 
Será que se eu pedir à fada madrinha para que tudo seja como era antes, ela atenderá meu pedido?

*animais de estimação também são excluídos de desastres, já notou?

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