terça-feira, 15 de dezembro de 2009

fofices do design: original sound track




Olha só que fofo o que o designer Ricardo Seola inventou: um trem que toca música quando passa pelo triho. Usando a mesma idéia das pianolas, Seola adaptou os dentes na frente do trenzinho. As crianças podem rearranjar os trilhos da maneira que quiserem e ouvir sempre novos sons.

curta: a primadona da dramaturgia mexicana

Fofoquinha está em fase de alfabetização. Quando a coisa começou a ficar séria e os alunos todos começaram a ler, ela amarelou.
Muita conversa com a "Tia" depois, nada. A "Tia" veio falar comigo. Era a minha vez de ter a tal conversa com ela. Ensaiei um texto e chamei a criança:
-Fofoquinha, ler é uma coisa muito gostosa. Lembra como você aprendeu a andar de bicicleta? Primeiro com rodinhas, depois sem rodinhas. Lembra como não foi fácil aprender a andar sem rodinhas? Mesmo assim você não desistiu, não é? Hoje você anda de bicicleta como a mamãe e o papai. Ler é a mesma coisa, no começo é um pouco difícil mas quanto mais a gente treinar, mais fácil vai ficar.
Atenção agora para a foto acima. Se eu soubesse mais sobre Photoshop, colocaria a cara de Fofoquinha nessa exata pose e expressão. Pois com ela veio a seguinte frase:
-Mas mamãe, eu não nasci para saber ler!
Nem pestanejei a resposta:
-Minha querida, você vai ter que aprender a ler pelo menos para decorar o seu papel na ponta que vai fazer em várias novelas de terceiro escalão de algum canal de TV mexicano. Vamos começar com essa frase deste livrinho que a mamãe escolheu para você.-disse, abrindo o livrinho da história do Lẽao e o Jabuti.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

fofices do design: piggy paint

Garotas, boas notícias! Se você é como eu que nunca deixou Fofoquinha pintar as unhas com esmalte de verdade por causa da quimica inapropriada para a idade, podem comemorar! Os esmaltes infantis da Piggy Paint são feitos com ingredientes naturais, não são tóxicos, tem pouco odor, são antialérgicos...deixa ver o que mais...ahh, são feitos a base de água e tem cores vibrantes que secam como esmalte de verdade!
Já posso jogar todos os esmaltes de colinha fora, viva!



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

biologia prática e suas consequências

O mau humor inconsciente é como uma longa estrada que corre paralela à rua da ironia. Na verdade, se a gente pensar bem, a maternidade não passa de uma piada eco-cósmica de mau gosto.
Sim, acordei com a pá virada. Deve ser síndrome de final de ano.
Tá difícil de seguir minha linha de pensamento hoje? Eu estava pensando sobre a biologia. Lembra ainda de simbiose, parasitismo, cooperação e comensalismo*? Andei relendo as definições e não pude deixar de notar algumas ironias aplicando as definições à maternidade. Não era bem essa minha intenção, na verdade comecei a escrever este post e o assunto era completamente outro. Espirituosa que sou, fui procurar as definições para uma metáfora qualquer que nem me lembro mais. A ironia foi tanta que não resisti. Se der eu encaixo o outro assunto no novo tema que tomou conta da tela do meu computador. Senão fica para a próxima.
Segundo algumas mulheres pensam (excluam-me dessa por favor), primeiro convive-se com um parasita por nove meses tirando nutrientes vitais para nossa sobrevivência. As mais radicais acreditam que a gente passa mal no começo da gravidez em uma tentativa de sabotar o crescimento do Zé Colméia. Essas são as más línguas.
Parasita expelido, entramos na fase da simbiose. Temos em nossas mãos um titico de gente que não sobreviveria 7 minutos nesse mundo sem nossa atenção e cuidados- o que me faz refletir em como realmente chegamos ao topo da cadeia alimentar se nossa prole não consegue, por exemplo, nem andar em 15 minutos depois do parto. De nossa parte, como era de se esperar pela natureza do sistema simbiótico, não conseguiríamos mais viver sem esse cotoquinho em baixo de nossas asas. Não precisamos nada mais do que o amor dele para nos fazer levantar da cama de manhã. Sabe aquele cordão umbilical simbólico? Pode esquecer, ele nunca será cortado. Não existe tesoura imaginária que dará conta do recado.
Com a simbiose aparece também a cooperação. Essa não entre mãe e bebê, mas entre o casal que a partir de agora tem que se virar para manter o cotoco saudável e feliz por pelo menos 18 anos. Já notou como o nascimento de um bebê faz a gente mudar as metas de vida?
Aonde se aplica o comensalismo, você me pergunta? Tem certeza de que você não sabe? Mesmo?....Deixa eu dar uma dica: como você conseguiu esses culotes que não estavam aí até Zé Colméia ter um ano? Por acaso não foi limpando -com o garfo- o prato dele? Entendeu, né?

* As definições, já que ninguém tem obrigação nem memória de elefante depois de tantos anos fora do colégio:
  • O parasitismo é um fenômeno pelo qual uma planta ou animal sobrevive retirando nutrientes de outro ser.
  • A simbiose é uma interação ecológica interespecífica harmônica obrigatória na qual há vantagens recíprocas para as espécies que se relacionam.
  • Cooperação -Ato ou efeito de cooperar; forma de ajudar as pessoas a atingir um objetivo; onde duas ou mais pessoas trabalham em função de um bem.
  • Comensalismo: Associação em que um indivíduo aproveita restos de alimentares do outro, sem prejudicá-lo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

fofices do design: bit

Foi dada a largada para o final do ano e a Mamãe aqui, como não poderia deixar de ser, está com um milhão de coisas extras para fazer.
Por um lado, não tenho o luxo no momento para escrever sobre assuntos que eu quero, por pura falta de tempo. Isso não é bom porque fica tudo engasgado e uma hora dessas vou ter que tomar um purgante. Por outro lado, por causa do final do ano, estão aparecendo mais e mais coisas bacanas para mostrar como essa bike. Vocês não irão ficar entediados e sem nada para distrair da rotina e de toda a decoração de natal que já infestou as ruas do mundo.
Essa bike legal se chama Bit e foi criada por uma companhia espanhola que tem como cabeças pensantes Marc e Sergi; a Glodos Funshion Design (adoro a brincadeira do nome com as palavras fashion, fun e function).
Ergonômetra, bonita, moderna e tudo de bom. Não preciso nem me estender no assunto. Só quero saber quem vai chegar primeiro no dia 31 de dezembro: eu a pé e de língua de fora ou essa belezurinha de cachinhos dourados acima na Bit. Façam suas apostas!

domingo, 22 de novembro de 2009

minimiam






Mais uma vez estou forçando a barra e acreditando que achei uma desculpa um tanto justificável na minha cachola criativa, apresento a vocês uma coisa que pode ser (como pode não ser) para crianças: os Minimiams.
Eles são criaturinhas minúsculas que habitam nossos alimentos, basicamente. Minimiam foi criado por Akiko Ida e Pierre Javelle, dois fotógrafos que trabalham para revistas de cozinha.
Chame as crianças para uma visita no site deles, as fotos ficam bem mais interessantes e os pequenos se surpreendem com a proporção de tudo. Fofoquinha e Matraca-Trica amaram!

PS: tá vendo como é para crianças e tem cabimento para estar aqui no bloguinho? Eu te disse....

terça-feira, 17 de novembro de 2009

hora extra: parangolé




Depois de 30 festas de aniversário por ano, por anos sem fim, quem ainda aguenta olhar para os temas das Princesas, Carros, Os incríveis e Pucca?
A Raquil e a Maria não aguentaram. A birra tornou-se pessoal e elas decidiram fazer alguma coisa a respeito. Nasceu a Parangolé.
As duas criaram, de vez em quando em parceria (ora com Carlo Giovani, ora com Lara Sabatier), de vez em quando sozinhas, uma linha bacana de produtos que vão de copinhos e pratos até toalhas e convites. Tudo reciclável e respeitando o meio ambiente, do jeitinho que a gente gosta e precisa ensinar para os pequenos!
Existem algumas lojas em São Paulo aonde seus produtos podem ser encontrados, como a Balangandã, a Santa Paciência e a Petit Retrô.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

fofices do design: tschutschu

Móveis bonitos e ainda por cima funcionais? É comigo mesmo! E nessa ordem: bonitos e com o plus de servirem para alguma coisa.
O banco/estante/pista/lousa foi criado por Dominik Lutz e está à venda somente na Alemanha, para meu desgosto.
Mas só de olhar a gente fica feliz. Não é?

rapunzel do bem


Nos estados Unidos existe uma organização sem fins comerciais chamada Locks of Love (Cachos de Amor). Essa organização aceita cabelo para fazer perucas para crianças de famílias de baixa renda. Espera aí, doar cabelo???? Para quê crianças precisariam de perucas????
Puxa uma cadeira e pega um cafezinho que vou te contar:
Você já ouviu falar de uma doença chamada Alopécia? Em diferentes graus, a pessoa pode perder todo o cabelo e pelo do corpo. Não existe idade mínima para que essa doença se desenvolva e muitas crianças sofrem problemas psicológicos por causa disso.
A Alopécia é a mais famosa doença que causa perda de cabelo, mas existem algumas outras condições em que isso acontece, incluindo a quimioterapia.
As meninas bacanas (estou torcendo para Fofoquinha ser uma delas em breve) em algum momento da vida deixam suas madeixas crescer para viver a fantasia da Rapunzel. Depois cortam seu cabelo em rabo de cavalo ou trança para doar para a Locks of Love, que então faz perucas para quem precisa. A Locks of Love é tão conhecida que quando as meninas vão ao cabelereiro e mencionam que o cabelo tem que ser cortado de maneira especial para ser doado, a maioria dos profissionais já conhece as especificações para tal procedimento.
No site deles tem toda a explicação de como participar. Vai la dar uma olhadinha, vai!

sábado, 14 de novembro de 2009

enquanto isso, na casa de detenção

Em raro momento autobiográfico eu quero contar a vocês como é minha rotina como carcereira no presídio de segurança máxima de Catanduvas.
Pois é, tem dias que me sinto assim. Sabe aquela pulga atrás da orelha que não para de incomodar só por que quando brinco de Cinderela com Fofoquinha ela quer que eu sempre seja a madrasta má? Carcereira de presídio está quase nessa categoria. A madrasta só não é mais real pela falta de passarinhos gorgeantes e ratinhos saltitantes para ajudar a esfregar o piso de mármore de meu castelo. A carcereira tem vida própria neste universo paralelo a tantos outros de tempos em tempos. Alguém há de concordar comigo depois de ler o que vou contar.
Você sabe como é quando temos que sair de casa e os cotocos querem levar 3 brinquedos diferentes-daqueles que tem pelo menos 14 partes removíveis e/ou móveis-para, digamos, o Parque da Mônica. Depois de uns 10 minutos apelando para a razão pura do argumento de que eles vão perder metade das coisas em tal lugar público, a gente se irrita. Não tem como, somos humanas. A postura muda e somente pela falta de uma farda com medalhas no peito a gente fica aquém de virar um hino fascista. Assim uma ordem inquestionável é dada para nada ser levado (desta vez, devido as circunstâncias). Fofoquinha, neste caso, leva a tralha toda de volta para o quarto. No caos que é a saída de casa, entrar no carro, colocar cintos e finalmente estar na rua, tudo vai surpreendentemente bem. Até o momento em que a menina desce do carro e noto um volume em sua bermuda de ciclista, que ela tenta em vão disfarçar puxando a camiseta para baixo. Senhoras e senhores, Fofoquinha tinha 2 filhotinhos do Littlest Pet Shop e uma bonequinha Thinker Bell, com asas. Pontudas. Na parte de trás, por dentro da calcinha. Fofoquinha veio sentada, chocando os brinquedos, sem abrir a boca para reclamar o percurso todo. Essa não foi a primeira vez, já cansei de achar até figurinhas na calcinha dela. Quando o volume não é muito, ela esconde o que precisar na parte da frente mesmo. Galochas e tênis que estão um pouco grandes também são lugares ótimos para se esconder coisas pequenas como batom, peças de jogos ou bijouterias variadas.
Matraca-Trica, por sua vez, tem em seu DNA um cruzamento de hamster e barata. Acreditando piamente que sua sobrevivência depende do armazenamento de guloseimas, ele as estoca: em suas bochechas, em sua roupa, em pequenos nichos pela casa. Cansei de achar chicletes mascados dentro de bolsos de calças e bermudas, cereal escondido cuidadosamente em baixo e no pé do sofá e a agora a última: vovó levou o moleque para o treino de esportes a pedido meu esta semana. Vovó, como todas as vovós, tinha em seu poder um saco de gummy bears e minhoquinhas equivalentes que ela presenteou Matraca-Trica e Fofoquinha antes da aula de esportes-isso tudo fiquei sabendo depois. O que fiquei sabendo na hora em que fui pegá-los é que Matraca-Trica guardou as suas (seis, eu contei) gostosuras para comer depois da aula. Na parte interna de suas meias. Uma hora de esportes ao ar livre depois com um sol de 28 graus. Get the picture? E ainda teve a pachorra de reclamar que a meia estava grudenta e a balinha com um gostinho esquisito no começo...um tanto salgada.

domingo, 8 de novembro de 2009

fofices do design: zubbles


Tim Kehoe deve ter sido uma criança curiosa, criativa e que não aceitava não como resposta. Ele deve ter deixado a mãe louquinha e com uma cabeleira branca precoce. Agora, porém, ela deve estar super orgulhosa dele.
Tim teve uma idéia bacanérrima e acreditou nela. Ele levou mais de dez anos para desenvolver bolhas de sabão coloridas. Bolhas de sabão coloridas! Dez anos! Tudo isso só para deixar-nos, os adultos, tão felizes quanto as crianças. Sabe o porquê? Vou te contar:
Zubbles não mancham (roupa, móveis, paredes, chão etc) quando explodem e não são tóxicas.
Tem coisa melhor do que diversão que não dá nenhum trabalho para limpar?


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

um quarto, dois quartos, três quartos....


Este assunto eu fui desenterrar do baú-e não foi por falta do que falar não. Faz tempo que não toco nele, mas como ele fica atrás da minha orelha como se fosse sujeira no dente que a gente não consegue tirar em jantar de grande gala (nem com fio dental), lá vou eu de novo bater nessa velha tecla.
Eu queria conhecer quem disse que quarto para bebês tem que ser branco. Deve ainda ter outra -ou quem sabe foi a mesma- pessoa que instituiu que o shabby chic é o único estilo para decoração de quartos de pequenos. Pois acho um tédio o que vejo em lojas para quartos infantis: tudo branquinho, branquinho. No máximo um rosinha desmaiado ou azul bebê. Uma coisa hopitalar (que nem minimalista é porque tem sempre um ursinho ou bonequinha incrustado nos detalhes) com etiqueta de "é chic sim, a senhora pode levar sossegada".
Quem disse que bebês não gostam de cor? Bebês, saiba você, são fascinados por grandes contrastes. Vocês viram esses quartos? São reais, pertencem a alguma criança de verdade. Não são de revista.
Inspirou?


terça-feira, 27 de outubro de 2009

dando as costas para a tv

Achei que tinha acabado com o assunto televisão. Rá, eu nem imaginava o que vinha pela frente.
Saiu -finalmente, para meu alívio- um artigo no New York Times sobre o recall que a Disney está fazendo nos DVDs do Baby Einstein. Quem comprou os DVDs nos últimos 5 anos tem direito a ter seu dinheiro de volta. Deu para perceber que nunca gostei de Baby Einstein, não? Me deu uma vontade infantil de sair por aí dizendo "Eu te disse, não te disse? Eu te disse!", mas vou manter a compostura.
Para quem lê sem problemas as entrelinhas, isso quer dizer que a Disney admite publicamente que os DVDs não fazem nada para deixar seu bebê mais inteligente e não passam de uma babá eletrônica para deixar você em paz por algum tempo. Não se iluda em achar que a Disney teve uma epifania e resolveu fazer o que é certo. A única razão para eles estarem fazendo isso é a de evitar um processo legal gigantesco em suas costas. Foi parte do acordo para não irem parar nos tribunais americanos. Ou você acha mesmo que a Disney, que controla 90% do mercado de midia para bebês em um grosso de 200 milhões de dólares em produtos ao ano ia ser tão legal assim?

Gente, chega mais perto da tela do computador que eu vou contar um segredo para vocês....
Diz o ditado que se uma coisa é muito boa para ser verdade...é porque não é.
Imagine você: o sonho de qualquer pai e mãe é que sua cria torne-se o novo Stephen Hawking. Se for por algum meio que eles possam comprar e sem nenhum envolvimento deles próprios, melhor ainda! E daí que as pesquisas mostram que a TV é prejudicial para crianças menores de 2 anos (o problema só vai aparecer mais tarde, com déficit de atenção aos 7 anos) e a American Academy of Pediatrics recomenda que nenhuma criança seja exposta à telinha antes dessa mesma tenra idade?
A falta de interesse e envolvimento no desenvolvimento do sangue de seu próprio sangue pelos pais já foi levantada aqui no blog. Preciso me estender mais nesse assunto? Acho que não, ninguém deve me aguentar mais escrevendo sobre assunto...tô errada?
Groucho Marx disse uma vez: "I find television very educating. Every time somebody turns on the set, I go into the other room and read a book. (Eu acho a televisão muito educativa. Toda vez que alguém liga o aparelho, vou para outra sala ler um livro)". Da próxima vez que o controle remoto tentar seus dedinhos pense no Groucho, com bigodão, óculos, sombrancelha de taturana e charuto na boca falando isso para você.
Estava aqui pensando em como acabar este post, mas a frase que encerra a matéria do NY Times dita por Mr. Rideout resume com precisão meu pensamento: "To me, the most important thing is reminding parents that getting down on the floor to play with children is the most educational thing they can do" (Para mim a coisa mais importante é lembrar aos pais que brincar com as crianças é a coisa mais educativa que eles podem fazer).


domingo, 25 de outubro de 2009

fofices do design: flexibath



A empresa dinamarquesa A Real Cool World lançou a algum tempo atrás a banheira para bebês Flexibath. Como dá para ver, elas não poderiam ser mais compactas. A Flexibath tem um número sem fim de combinações de cores e não é feita com nenhum material quimico prejudicial aos nossos cotocos e a natureza como PVC ou BPA. O ralo muda de cor para avisar quando a água está na temperatura ideal para o banho e o fundo é antiderrapante.
Melhor ainda é imaginar como a Flexiabath pode ter vida longa depois de uns 8 meses de uso como banheirinha: porta brinquedo, porta revistas, cesto de roupas sujas, piscinha para bonecas, peixinhos e dinossauros (ei, quem sou eu para criticar??) e o que mais vier à cabeça.

sábado, 24 de outubro de 2009

kideos


Ahhhh, o Youtube me deu paz e sossego agora. Ele criou o Kideos-videos for kids, um portal só para crianças. Pode chamar todos os Smurfs da casa para sentar na frente da tela do computador, está tudo beeeem organizadinho por idade e por tema. Tem até videos em português!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ainda sobre a telinha

Aconteceu em uma sexta feira depois de uma semana daquelas que não deu tempo nem de validar um pensamento, o que dirá ter mais do que 24 segundos para fazer xixi (considere que nós mulheres temos que, nesse espaço de tempo, abaixar tudo o que tem que ser abaixado, sentar no vaso, limparmo-nos, levantar e subir tudo o que tem que ser subido).
Sentei no bar do clube de frente para o campo de futebol, na vã esperança de uma tarde calma em que o máximo que faria seria olhar a grama artificial crescer.
Mas infelizmente a cachola não para nem por um segundo. Estava com as melhor das intenções, a de simplesmente vegetar por algumas horas. Não rolou.
Tudo começou quando comecei a rir sozinha sobre a história que uma mãe amiga me contou sobre como ela teve que fazer uma tabela de crescimento- daquelas que a gente põe na parede e vai marcando com caneta/lápis/batom/pincel a cada ano- igual à da filha para...a boneca dela. Daí para caraminholar sobre programas de tv violentos e como afetaram Fofoquinha e Matraca-Trica foi um pulo (don't even ask o que o caqui tem a ver com a lagartixa...cadeia do inconsciente tem dessas coisas).
A verdade é que agora eles acham que controlam o que querem ver. Já dividi com vocês a minha tristeza pelo abandono por completo por Fofoquinha e Matraca-Trica dos programas educativos aqui. Por mais de dois meses deixei a coisa rolar solta, achando natural mais essa novidade no desenvolvimento deles. Eles tinham livre escolha sobre os desenhos que queriam assistir. A preferência girava em torno dos programas com algum grau de violência: Pucca (que nada mais é do que um desenho de artes marciais para meninas), Combo Niños, Power Rangers e Dinossauro Rei. Tá certo; tinha Scooby Doo, Padrinhos Mágicos, KND e Tom&Jerry também.
Minha casa virou então um laboratório para pesquisas sobre comportamento infantil. Fofoquinha e Matraca-Trica, dois fofos porquinhos da índia. Nesse curto espaço de tempo assisti, ao vivo, o estrago que certos programas de TV podem fazer.
Como não conhecia esses desenhos, comecei a assistir com eles. Meus olhos começaram a ficar a cada noite mais arregalados de surpresa. Aprendi com isso a monitorar de perto ao quê as crianças são expostas. Siga meu conselho e faça isso você também.
Em menos de uma semana Fofoquinha e Matraca-Trica já estavam brincando de luta. Iáááááááááá! Em menos de 3 semanas socos, pontapés, tapas e muitos gritos de iááááááááá! viraram rotina (atenção aqui) durante os desenhos. Os dois levantavam do sofá na hora das lutas e imitavam os personagens. O resultado até então foi de muito choro e ferimentos leves. Por mais que eu explicasse que os personagens de desenho não sentem dor porque eles não existem (como assim não existem, mamãe?) e que violência não era admitida dentro (ou fora) de casa, os desenhos foram mais fortes. Não muito mais tarde veio a gota d'água: Fofoquinha soltou um iááááááá e um pontapé em Matraca-Trica que quase quebrou o nariz do moleque. Isso sem falar no meu sofá que ficou coberto de sangue por causa a veia estourada. Basta.
Com isso esse tipo de programa hoje está banido de casa. Olha que não foi fácil. Fiz um combinado-unilateral, bien sur-que para cada ato de violência deles, os dois passariam 3 semanas sem assistir os tais programas. Como o detox de Fofoquinha e Matraca-Trica demorou um tanto (incrivelmente eles voltaram ao normal), eles estão de castigo pelos próximos 2 anos, aproximadamente.

fofices do design: giulia big-giulia small rocking horse

Senhoras e senhores:
Tenho orgulho de apresentar o mais recente trabalho em design de ponta do grupo Pininfarina Research Centre. Design esse que surpassa qualquer projeto feito pela equipe Pininfarina para a Ferrari, Maserati e Alfa Romeo. Design esse que deixa a Ferrari Testarossa no chinelo.
Senhoras e senhores, aqui está sem mais delongas: o Giulia Big-Giulia Small Children's Rocking Horse. O primeiro cavalinho de balanço assinado de seu pitoco.
Desenvolvido para a companhia italiana Riva 1920, o cavalinho é feito de um só pedaço de cedro esculpido e não contém nenhuma cola, pintura ou acabamento tóxico.

domingo, 18 de outubro de 2009

curta: clássicos infantis

Deixei cair um pecinha atrás do sofá. Quando olho, não só acho a preciosa pecinha-que só porque era pequenina e eu precisava encaixar em outra maior, pela lei de Murphy, iria rolar para atrás de alguma coisa de difícil acesso- como também um ninho. Loiro. Pelo comprimento das madeixas poderia ser tanto de Fofoquinha como de Matraca-Trica.
Demorou, pensei comigo mesma. Quem não cortou o próprio cabelo quando era pequeno põe o dedo aqui! Tesouras são uma fonte de inúmeras tentações: roupas, brinquedos, livros e....cabelos. A volta da escola hoje iria ser bem interessante.
O detalhe é que isso aconteceu em uma casa em que a mamãe (eu) está a beira de uma doença psicológica grave em relação ao cabelo de suas crias. Cortados a perfeição por um cabelereiro de gente grande de super confiança (quem mais poderia fazer um moicano em Matraca-Trica que quando está sem gel parece um corte normal?) sob meu atento olhar e penteados a miúda, os dois são sempre motivo de elogios dos outros por causa de suas madeixas. Eu daria uma betazóide de primeira em Star Trek Next Generation.
Bom, Matraca-Trica está com a loirice intacta. Já Fofoquinha....
Achei, entre seus longos e repicados fios que ela tem a vã esperança de que um dia fiquem do mesmo comprimento do cabelo da Barbie Rapunzel-não basta só ser a Rapunzel, tem que ser a Barbie Rapunzel, um trecho que mais parece um eletroencefalogramo.
Como na vida tudo o que você disser pode e será usado contra você, quando perguntei o motivo de tal barbaridade capilar ela respondeu:
-Para meu cabelo crescer forte e bonito, mamãe! Empresta a tesoura de novo?

sábado, 10 de outubro de 2009

criando david bowie

O título do post não corresponde bem aos meus sentimentos. Pensando bem, Matraca-Trica está mais para Ziggy Stardust. Isso dito, quero dizer que estou adorando ter um menino em casa que não tem um pingo de receio em usar o corpo e a moda como forma de expressão. Sou uma grande defensora em deixar crianças se expressarem da maneira que quiserem sem se prenderem a nenhum estereótipo preconceituoso do mundo de gente grande, como vocês já leram nos posts "Boas e paetês, com muito makeup" e "Closets".
Entra em cena, no programa de férias, um monitor chamado Tio Bob. Depois de dois dias de programinha, estou ajudando Matraca-Trica a se vestir para sair e ele me pede para fazer o cabelo igual ao do Tio Bob. Gente, eu sou uma boa Edward Scissorhands mas não faço milagres. O apelido que as pessoas dão na padaria e na feira para Matraca-trica é "Alemão". Tio Bob, por sua vez, usa um black power descolado com as pontas juntas formando uma grande estrela ao redor de sua cabeça. Sacou? Fiz o que era humanamente possível e lá foi ele parecendo o Supla brincar no programa de férias. Todo orgulhoso em chegar para o Tio Bob e dizer que o cabelo deles estava i-gual-zi-nho.
Matraca-Trica não é nem um pouco tímido ao usar acessórios. Fomos brincar um dia na casa de um casal amigo. Alguns dias depois- acho que ele precisa de um tempinho para digerir o que vê- lá vem ele de novo: Mamãe, quero sair bonito. Faz meu moicano? Fui pegando o gel com a maior tranquilidade do mundo (pode faltar comida aqui em casa, mas tubo de gel nem pensar!) achando que o assunto estava encerrado alí mesmo. Ledo engano, depois do gel veio outra pergunta: Mamãe, menino usa anel? Isso vindo de uma criança que já estava com o cabelo todo para cima, colar, óculos escuros e batom da irmã. Respondi que sim e ele me pediu um emprestado. Dei. "Mamãe, posso usar o anel igual ao tio outro dia?", perguntou ele colocando o anel no dedão. Matraca-Trica-olhos-de-lince não perde um detalhe que ele possa incorporar mais tarde. Aonde será que o tio usava anel?
O moleque tem 4 anos e já é um fashion statement. Ele passa 5 minutos com a gaveta de meias aberta para escolher dois pés de meia de pares diferentes para calçar. Só porque ele achou bacana e diferente. E mostra para todos os amiguinhos, que daqui a pouco vão imitá-lo, assim como fizeram com o moicano (quando as mães colaboram, o que é raro).
A única coisa que me deixa mal humorada é quando gente grande vira para ele-depois de olhar a produção toda- e diz que meninos não usam certas coisas. Ô gente estraga-prazeres.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

fofices do design: kiddo cabana




-E no que posso ajudar a senhora hoje?
-Doutor, eu sou viciada. Sou viciada em casinhas para crianças. Tentei de tudo: florais, intervenções de parentes e amigos, tomei bola, fiz promessas públicas para leitores anônimos...até na Betty Ford já me internei. Acreditei sair de lá curada. Mas quando a tentação aparece na minha frente não consigo resistir. Olha bem essa casinha da Modern Cabana. Não tem como passar batido por ela. O senhor também não gostaria de ter tido uma dessas quando era pequeno? Com lousa e rolo de papel dentro, portinhas que não prendem os dedinhos e ainda por cima com acabamentos de óleo de árvores naturais? Olha só a mesinha que dobra, como é possível resistir? É por isso que estou aqui hoje, doutor. Acho que sou um caso incurável e preciso ser internada para sempre. Por favor me tranque em um quarto-ou melhor, em alguma casinha- e jogue a chave fora!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

R.I.P.

Familiares, amigos, educadores; estamos hoje aqui reunidos para celebrar a passagem dos nossos queridos Desenhos Animados Educativos para um lugar melhor. Um lugar cheio de luz, paz, personagens animados e...imaginário. Um lugar longe de nossos olhos. Tenho certeza que apesar de não os vermos mais, nunca deixarão nossas vidas- simplesmente existirão em nossa imaginação e em canais que agora passamos batido. Eles estarão em nossos corações para sempre, estrelinhas em um céu de LCD.
O que posso dizer dos Desenhos Animados Educativos? Por onde começar a descrever o que nós, pais, sentimos quando nossos filhos perdem o interesse por programas legais? Tenho um nó na garganta, não acredito conseguir terminar a frase.
Um minuto para me recompor, por favor...

Enxugadas as lágrimas no canto dos olhos, só posso dizer o quanto vou sentir falta de vocês. Vocês foram uma presença constante na rotina de Fofoquinha e Matraca-trica por anos. As crianças interagiam com vocês com alegria nos olhos, dedinhos famintos por apontar para vocês e se comunicavam com monosílabas que só a tela de TV poderia entender. Matraca-Trica e Fofoquinha respondiam perguntas que vocês nunca ouviriam, comparavam suas próprias experiências com as que vocês nos mostravam. Vocês, sempre tão gentis, nunca nos deixaram na mão. Bom, a não ser no final de semana quando a programação muda.
Ahh, Desenhos Animados Educativos, agora minhas crias só querem assistir aquela gama de outros desenhos para crianças maiores que não acrescentam nada em suas vidas. Quando pergunto se eles se lembram de vocês, a resposta é "como eles eram mesmo?". Fofoquinha e Matraca-Trica chegaram naquele estágio pouco relevante em suas cacholinhas em formação: o da vegetação em frente a uma TV. Ó tristeza. Minh'alma pesa com a perda dos Desenhos Animados Educativos.
Queria pedir agora um minuto de silêncio em honra a tão notáveis programas. Tenho certeza de que aonde eles estão agora, haverá sempre uma criança com sorriso nos lábios, feliz em assistí-los.
Obrigada.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

fofices do design: robot clocks





DANGER, Will Robinson! DANGER! DANGER!
Esses relógios robôs são extra fofos! Eles vieram para nos mostrar o tempo! Eles vão nos dizer o quanto estamos atrasados!
Eles desembarcaram aos montes na Perpetual Kid. Eles vão invadir nossos quartos, salas e imaginação! PERIGO! PERIGO!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

essa vai dar pano para a manga: a manga extra


Alguns pensamentos precisam, assim como um bom vinho ou queijo, de certo tempo para amadurecer. Demorei mas costurei a última manga sobre a matéria do Fabio Santos para o jornal Destak. O pano deu certinho, não sobrou um retalho para contar história. Se você chegou agora e não entendeu patavinas saiba que as mangas esquerda e direita estão, respectivamente, aqui e aqui.
Essa manga extra é aquele acidente fashion que pode dar muito errado ou se tornar o must have da estação. Eu tenho pensamentos contraditórios (assim como de qualquer coisa de gosto duvidoso) sobre o que o Fabio escreveu:
"Até parece que eles (os pais) se consideram realmente capazes de conter seus rebentos. Nem os genitores mais conscienciosos, com filhos bem comportados, podem garantir que não haverá gritarias e escândalos. Estamos falando de crianças, que, por natureza, são imprevisíveis....De férias, o casal parece transferir aos outros a obrigação de ter paciência com os humores e travessuras de seus pimpolhos. O mesmo costuma acontecer em restaurantes e outros lugares públicos."
Por mais que me doa escrever, eu tenho que dizer que em um pequeno grau o Fabio tem um tiquinho de razão (para quem não percebeu isso sou eu dando o braço a torcer sem perder a dignidade). As crianças hoje em dia levam uma vida independente dos pais. Passam o dia nas escolas ou com pajens. Atenção para o que vou dizer agora: NENHUM dos dois tem obrigação de educar crianças. A escola ensina. E só. A pajem é uma pessoa que existe para ajudar com coisas práticas.
Com isso os pais não tem a menor experiência no dia-a-dia de seus filhos. Para finais de semana existem folguistas, assim eles não precisam nem saber como trocar uma fralda ou passar a noite em claro acalmando o sangue de seu sangue. O pouco tempo que passam com as crianças é sempre assistido. A consequência disso é ululante: os pais não sabem o que fazer nem tão pouco como lidar com seus filhos naquele dia em que a pajem deu o cano. É muito mais fácil transferir a responsabilidade de seus filhos (que não estão sendo educados por ninguém e se comportam como tal) para terceiros, mesmo que completamente estranhos. Além do mais, tomar conta de crianças é exaustivo. Se você não está acostumado a essa tarefa imagine como seria tentar correr a maratona de New York sem ter treinado um dia sequer. Por mais boa vontade que se tenha, não dá para passar dos primeiros 400 metros.
Isso dito, existem os outros tipos de pais. Aqueles que estão ensinando os filhos a se comportarem em sociedade. Todos nós pagamos o preço por isso, querido Fabio. Quando você assinou o contrato para nascer, estava escrito preto no branco que terias que aprender a se comportar entre outros seres humanos porque é assim que essa espécie existe. Em sociedade. Você assinou um contrato para ser gente, não um peixe Betta macho em um potinho d'água. O preço é bem menos salgado do que o final de semana em um resort. Basta você olhar com os olhos de quem entende- e respeita- para aonde caminha a humanidade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ahhh, a tentação!


Oh, The Temptation from Steve V on Vimeo.

Uma criança. Uma mesa e uma cadeira. Um marshmallow.
A opção de poder comer o marshmallow na hora ou esperar até a moça voltar e ganhar outro além do que está na mesa.
As expressões dessas crianças me fizeram rir a tarde inteira.

fofices do design: kobi

Era de se esperar que o designer David Kho não fosse ficar muito tempo parado depois de criar o cadeirão Fresco e a cadeirinha Coco para a marca Bloom.
O mais novo projeto solo desse holandês baseado na Espanha é uma linha de carrinhos para bebê. Para isso ele criou uma companhia e a batizou de Mima.
Como David não é pouca porcaria ele já ganhou, com a linha Kobi, o prêmio inovação da feira mais importante de design infantil, a kids+Jugend, em Colonia. Não é difícil ver o porque: o Kobi expande com sua família: um carrinho só para o bebê que mais tarde cresce e ganha um irmão ou irmã. Esse segundo bebê também cresce, mas o carrinho....continua o mesmo.
O único problema com o Kobi é ter que esperar até Julho de 2010 para comprar um!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

apresentando: hora extra


Tá pensando o quê, que entre taaantas coisas que a gente faz durante o dia a gente não trabalha?
Pois saiba você que muitas de nós trabalhamos SIM! Todas nós acreditamos em um sonho e em um futuro melhor para nossas crias. Uma mãe lava a outra (hahaha, juro de pé junto que foi um erro de tipografia. infelizmente para vocês eu achei o trocadilho tão que infame o torna irresistível) e nos ajudamos como podemos.
Pensando nisso criei um novo marcador: a hora extra. Muitas mães fazem trabalhos legais enquanto os filhos estão na escola, casa da vovó ou dormindo. Por que não dividir com os outros? A gente nunca sabe , não é?
Você quer ver o fruto de seu suor aqui? Me mande um comentário/email e vamos conversar! Já adianto uma coisa: só escrevo sobre coisas que acredito e gosto, portanto não me venham falar sobre um sabonete líquido que você está fazendo cujo um dos componentes é óleo mineral, tá?
Espero poder ajudar com esse novo marcador, afinal, nós merecemos!