quinta-feira, 7 de maio de 2009

seja homem!

Sabe qual é a grande diferença entre os sexos? Pois eu vou te contar: a bolsa. E não adianta nem ser uma diaper bag bacana para homem, como essa acima. Os homens não usam e pronto. O princípio da carteira masculina aplica-se aos seus filhos do mesmo jeito: se não cabe no bolso da calça, eles não vão levar.
Quando uma mãe sai com sua cria, uma sacola vai junto. Ou duas. No meu caso, já foram até 4. Só para ir até a casa da vovó. Novamente, o mesmo princípio da bolsa feminina extende-se à bolsa da criança. Como mãelher, é óbvio que vou pensar em todos os cenários possíveis e estar preparada para enfrentá-los antes de sair de casa. Quando se tem filho, em dobro. No meu caso, em triplo (a minha bolsa, as tralhas de Fofoquinha e as tralhas de Matraca-Trica). 
Quando os dois eram menores, ia minha bolsa-com tudo o que tinha direito dentro: maquiagem, carteira, perfume, necessaire (nem me pergunte o que tinha dentro, era um buraco negro. Tinha desde pinça de unha e esmalte até remédio), necessaire com absorventes íntimos e o.b., caneta, bloco de papel, chiclete/halls, chaves, se fosse o caso uma meia calça extra, óculos escuros, celular, na época um palm pilot, floral de Bach, pacote de lencinhos de papel e vai-lá-saber-o-que-mais. Iam também os carrinhos e a bolsa (ou o plural delas) das crias: fraldas, fralda de boca, lenços humedecidos, 2 mudas de roupa para cada um (uma só era pouco), meias, casacos (durante o ano todo, afinal, vai saber se bate um vento mais fresco), kit-machucado (bandaid, mertiolate, anti-térmico, pastilha), garrafas com água, lanches, chupeta e porta-chupeta, alguns brinquedos para cada um, baldinhos e pazinhas, uma bola, um penico portátil, saquinhos plásticos (para colocar roupa molhada, fralda suja, resto de comida etc) e outras coisinhas mais, como uma toalha. Com mais frequência do que se poderia imaginar, acontecia alguma coisa para a qual eu não estava preparada. Com mais frequência  do que se poderia imaginar, não precisei de absolutamente nada que levei e carreguei para cima e para baixo o tempo todinho.
Deu para imaginar o meu desespero quando eles saiam com papai que nem uma garrafinha d'água levava? Ou casaco? E se eles ficassem com fome? Ou se machucassem? 
Sabem o que aconteceu, depois de tanta aflição da minha parte? O tempo passou e minha bolsa foi ficando cada vez menor e mais enxuta até desaparecer por completo. Hoje em dia saio de casa com chaves, documentos (sem carteira!), um pouco de dinheiro, celular e batom. Finalmente, como homem, outro dia sai com Fofoquinha e Matraca-Trica sem levar a tal da bolsa. Sem roupa extra. Sem bandaid. Sem lencinhos. Acho que estou me sentindo mais próxima do sexo masculino. Pelo menos nesse departamento.

Nenhum comentário: