quarta-feira, 30 de junho de 2010

dia primeiro é amanhã


Amanhã começa. Tem mãe se preparando faz algum tempo: ligando para outras mães dos amiguinhos dos filhos para combinar rodízios, coordenando agenda de atividades sociais, comprando lanche suficiente para durar até novembro e olhando revistas e jornais  em busca de entretenimento. As mais sortudas fazem as malas e se mandam, crias em baixo das asas.
O espírito do ócio infantil já contaminou as famílias, (a ausência d)o trânsito, clubes, parques, praias e casas de veraneio (bom, nesta estação eu diria de inverneio).
A partir de amanhã, quem não pode tirar férias vai ter jornada dupla de adaptar a rotina às atividades especiais de férias. Serão os 30 dias mais longos do ano, os mais cansativos e os mais caros.
E o que isso tem a ver com as imagens da Caravanolic? Se não for por um profundo desejo de estar em um RV (trailer) desses, de vacaciones passeando de cidadela em cidadela pela península ibérica, NADA.  Eu precisava de uma desculpa para colocar a companhia espanhola aqui no blog. Quando me deparei com os projetos para RV foi muito, muito difícil resistir. 
Meus sinceros votos de paciência, bom humor e força de vontade para todos em julho. Aproveitem para curtir um pouco suas crias, joguem-se de cabeça nos programas e participem da vida deles o máximo que puderem. Outra oportunidade dessas só vai rolar no final do ano.



segunda-feira, 28 de junho de 2010

Carve- parque infantil van campenvaart


Sou fã de carteirinha da Carve. Quando eu crescer quero trabalhar lá, nem que seja para atender telefone. Sirvo um cafezinho bem brasileiro para ninguém botar defeito também.
Já falei sobre a companhia holandesa aqui e pelo visto não vou parar de falar dela tão cedo. Só para lembrar, Carve é especializada em espaços públicos para crianças.
O parque Van Campenvaart em Hague é o último projeto até agora assinado pela Carve. Ele foi criado para atender crianças deficientes...ou não necessariamente. É feito de amplas rampas que se encontram e desencontram, com muitas texturas, nichos e cores fortes. Todas as crianças podem interagir e se divertir juntas...ou não. É um lugar com múltiplas escolhas. Pena que as fotos não fazem jus ao lugar. Em seu site dá para ver com mais detalhes, passa lá.

fofices do design: origami


O nome desse carrinho não poderia ser mais apropriado. Trata-se de uma dobradura sem sombra de dúvida. 
Que carrinhos tem que ser compactados não é novidade nenhuma. Agora,  dobrar-se sozinho com o toque de um botão é. Como ninguém pensou nisso antes? 
Por incrível que pareça, a 4Moms (que na verdade são 5 mães e não 4) é a pioneira em incluir tecnologia em itens de uso doméstico, como no Origami.
Passa no site deles para ver o vídeo demonstrativo, vale a pena.

fitzroy high school


Vou começar a contar sobre a Fitzroy High School por um detalhe: é uma escola pública em Melbourne, Australia. Pública, tá? Ela fechou no começo dos anos 90 mas a pressão por parte dos pais foi tanta que reabriu em 2004. Em 2009 as crianças maiores ganharam a nova estrutura para se dedicar aos estudos. 
A Fitzroy ficou famosa por criar uma metodologia de ensino diferente da vigente na Austrália, uma linha pedagógica que promove o team teaching, isto é, ensino por colaborações e projetos, voltado às artes.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

okido

A cada 2 ou 3 meses a revista Okido (Oh! Kid! Oh!) chega às bancas européias. Uma gracinha de revista para pais que não aguentam olhar para mais uma revistinha de Dora, The Explorer.
Idealizada por Sophie Davois, Edmund Fung e Rachel Ortas- que faz um trabalho bacanérrimo (vai ver em seu site), Okido é uma revista sobre ciências e arte para crianças entre 2 e 7 anos.
A assinatura custa 30 libras -a revista é inglesa- para entrega no mundo todo. Ou como diria Matraca-Trica, entrega até no espaço sideral.

não sei se vai dar hoje

Tem muita coisa que a gente não comenta fora de círculos pequenos e exclusivos das pessoas próximas de nós. Alguns assuntos sempre aparecem velados, em meias palavras para bom entendedor ou são intencionalmente ignorados. Dinheiro é um deles, quando está faltando.
Gente grande contorna (ou não) a situação da maneira que acha mais apropriada entre eles, mas com nossos filhos só dá para ir até um certo ponto. 
Mascarar a situação financeira provisória é a opção feita por 9 entre 10 adultos. As justificativas são sempre as mesmas: eles são muito pequenos, eles ainda não entendem, não queremos que ele fale por aí sem querer, não posso decepcionar meu filho. Essa última é a única desculpa real e que todos nós sentimos onde dói mais, no coração. Dinheiro, por mais vil que possa ser, tem grande participação nessa equação tão complicada que é o relacionamento entre pais, filhos e culpa.
É uma fase e vai passar, a vida é cheia delas, mas enquanto não passa como explicar para o Batfino que ele não vai ao acampamento por que agora não dá, enquanto todos os amigos vão? O peso da culpa é o mesmo seja lá  uma decisão mais séria como Batfino ter que mudar de escola ou negar a compra daquele carrinho que ele pediu. 
Sou da opinião que desde tititicos, as crianças tem que saber, até onde eles podem entender, o que está acontecendo. Desde pequenos Matraca-Trica e Fofoquinha ouvem "Não posso agora, Mamãe não tem dinheiro." Isso ajuda a colocar as coisas em perspectiva para mim e para eles.
Até outro dia quando Fofoquinha, ao chegar em casa, abriu a mochila, tirou dois pacotinhos de lanche e me entregou. Perguntei onde ela tinha pego aquilo e ela respondeu:
-Eu trouxe lá da escola mamãe, assim você não precisa gastar dinheiro com nosso lanche.
Hora ter outra conversa com ela...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

fofices do design:calafant toys


Era uma vez um cartunista chamado Boris Schimanski, que morava na Alemanha. O pobre homem precisava trabalhar para alimentar sua família. Para isso precisava manter seus filhos ocupados e distraídos enquanto ele tentava cumprir deadlines importantes. Desenhou um castelo em cartolina e entregou nas mãos inocentes das crianças, que ficaram entretidos horas a fio, mesmo depois do papai ter terminado seu projeto tão importante.
Assim nasceu, sem ajuda de nenhuma fada madrinha, a Calafant Toys. Além de montar os próprios brinquedos, as crianças decoram do jeito que elas quiserem. existem produtos com 3 níveis de dificuldade, para todas as idades.
Com isso todos viveram felizes para sempre.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

fofices do design: emerson dollhouse


Eu iria querer uma casinhas de boneca dessas. Se eu iria deixar Fofoquinha brincar com ela, ahhh, isso já é outra história.
A Emerson dollhouse vai ser fabricada pela Brinca Dada. Achei duvidoso o jeito que a casinha foi descrita, como se fosse uma casa real à venda. Coisa do arquiteto dono da empresa, com certeza. Apesar da minha humilde opinião, veja os detalhes do imóvel, dignos de Casa Cor: ela vem com luz LED e painel solar, 2 lareiras e tem 6 cômodos. E a mobília com flat screen TV, que tal?
Eu honestamente não vejo a Barbie Butterfly vivendo nela...


paper glitter


O dia está bom para passear no Etsy. Não demorou 2 cliques para eu achar uma coisa fofa para mostrar.
A lojinha da Linnette que mora em Miami, Paper Glitter, me chamou a atenção primeiro porque o que ela faz é bacanérrimo, depois porque o que ela tem para vender na verdade são os PDFs  das artes. Custa merreca e você imprime na sua casa com o papel que quiser.
Ela é tão legal que em seu blog existem várias artes que você pode baixar de graça, além de saber das novidades do que ela anda aprontando, pois das 9 as 18 horas ela é uma toy designer.

fofices do design: dot baby


A companhia belga Dot Baby acabou de colocar no mercado um produto daqueles que eu amo: funcional, prático, bonito e que tem várias funções e cores.
O penico é um 3 em 1: serve, antes de mais nada, para fazer xixi e cocô. Mais tarde pode ser separado em adaptador de assento para o vaso sanitário e banquinho, para a cria ficar da altura da pia.
Vai direto ao ponto.

ser mãe é....fazer pequenas barbaridades por amor

Seja lá qual fosse o mal que afligisse a mim ou minha irmã, nosso remédio era sempre chá de erva doce. Tosse, bronquite, rouquidão? Vírus estomacal, vômito, diarréia? Arranhões, cortes, galos ou contusões? Não se aflijam meninas, tomem um chá de erva doce que tudo vai passar, dizia minha mãe. Daqui a pouco vocês vão se sentir melhor. 
Toda mãe tem um remedinho para horas de pouca aflição e conforto das crias em desepero, com certeza a sua também tinha. Qual era?
O meu é resultado de pura preguiça. O enfermo vai passar a noite na cama da Mamãe. Assim simples. Acontece que tenho sono mais leve do que uma pluma. Cada tosse, espirro ou reviravolta na cama, mesmo sendo no quarto de Fofoquinha e Matraca-Trica, me acorda. Arrancada dos braços de Morfeu, fico encaraminholando se a criatura piorou, descobriu-se, perdeu a meia etc. Eu então tenho que levantar dos meus lençóis quentinhos, andar até o quarto deles, ver o que está acontecendo e voltar para minha cama. Me ajeitar, cobrir e torcer para dormir logo, coisa que nunca acontece. Quando o enfermo está ao meu lado, só preciso me virar para ver a temperatura ou dar xarope. 
Ainda tem o agravante de Matraca-Trica ser menino. Pois é, foi quem eu tive que buscar no meio da aula por que estava com 40 graus de febre. Existe uma falta de dignidade no cromossomo Y que faz com o sexo masculino comportar-se como se o mundo fosse acabar se o nariz escorre. Deve ser alguma proteína ainda não identificada pelos cientistas que produz esse comportamento infantil com sensação de abandono em caso de ataque de qualquer bactéria ou vírus. 
Não se enganem, o sofrimento é, para eles, verdadeiro. Eles realmente acreditam que vão perecer abandonados à própria sorte. Coisa intrigante, pois com o passar dos tempos não desenvolveram a capacidade de ter o mesmo sentimento perante guerras, ataques e assaltos armados. E olha que isso vem de desde antes de começarmos a andar eretos. 
O cromossomo Y me fascina em vários campos, especialmente os que não fazem nenhum sentido lógico. O que a natureza quer dizer com isso? De qual a parte na evolução da humanidade esse comportamento faz parte? Essa dor toda que o sexo masculino sente vem de onde?
Pausa.
Acabei de reler o texto. Aparentemente comecei a falar de um assunto e terminei em outro. Vocês já devem ter se acostumado, né? Um dia desses eu espero amarrar os dois com conclusões distintas, mas agora tenho que ir pois Matraca-Trica está, literalmente, sentado no chão frio, derrubado com febre, agarrado em minha perna enquanto escrevo, para chamar minha atenção.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

fofices do design: piggy


Ensinar nossos filhos e economizar é parte obrigatória da educação. Os cofrinhos de porquinho, então, são, mais do que clássicos, uma tradição. Passados de pais para filhos desde de sabe-se lá quanto tempo, é uma memória gostosa que todos nós temos de nossa infância.
Apareceu no mercado um porquinho que vai além de seu propósito, coisa que eu achava difícil de acontecer. 
Quando a criança abre a caixa de presente da Piggy, encontra a Momma Pig e o Baby Pig, feitos de cerâmica. Seus pais então vão ensiná-la adividir suas moedas, um pouco na Momma Pig para seu uso pessoal e a outra parte no Baby Pig, para ser doado aos necessitados.
Todos nós precisamos aprender a fazer caridade, desde cedo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ordem e progresso


Quase ordem. Até agora nenhum progresso. 
Hoje eu achei que ia comemorar. Acordei animada, até olhar o jornal e ver que a lei do Contran para regularizar o uso de bebê conforto, cadeirnhas e assentos de elevação para transportar crianças em carros foi adiada até setembro. Isso porque só agora os pais saíram correndo para comprar um assento para seus filhos e não há estoque suficiente para atender a demanda. Só agora eles foram comprar. Só porque é lei e vai custar no bolso.
Já escrevi um post aqui bem malcriado sobre a falta de responsabilidade dessas pessoas para com a vida humana. Isso sem falar no outro sobre crianças em motos, coisa que me dá um nó na garganta até hoje. 
O que me deixou mais boquiaberta do que esses acontecimentos- o Contran levar 1 ano e meio para anunciar as novas regras, os pais relapsos e o adiamento inevitável por razões que a própria razão desconhece- é que tem neguinho mandando carta para jornal indignado, achando que "esse pessoal vive de criar regras" e mal humoradíssimo por essa lei "criar um tal de cadeirinha prá cá, cadeirinha prá lá".
Imagine, segundo o Sr. Roberto Semaneiro, autor da cartinha, que absurdo é a exigência de se obrigar o uso de cadeirinha mesmo para carona. Sei não, mas quando estou com filhos dos outros, normalmente meu cuidado é maior do que com meus filhos. Imagine a situação: meus filhos em seus assentos e Babalu, o amiguinho, solto no banco de trás. Acontece um acidente, todo mundo está bem, menos Babalu. O que você diz para os pais desse menino? Desculpe, ele é o carona, portanto tem que arcar com as consequências? Desculpe, mas sabe como é, não é meu filho portanto me importo menos com ele? Fala sério!
O Sr. Semaneiro termina acrescentando, brilhantemente, "Às vezes, o simples bom senso resolveria muita coisa".
Concordo em gênero, número e grau. Pena que bom senso, nesse país, só vem acompanhado pela obrigatoriedade de uma lei.

terça-feira, 8 de junho de 2010

mike rivamonte


Além de casinhas de boneca estou descobrindo uma nova obsessão: robôs, especialmente esses com cara de mid century. O americano Mike Rivamonte faz esculturas de robôs reciclando partes de qualquer coisa que ele ache interessante, cacarecos que ele compra na Europa, Canada e USA. Algumas dessas peças tem mais de 100 anos.
Espere mais posts sobre robôs, tem muita coisa legal para mostrar para vocês!


segunda-feira, 7 de junho de 2010

segunda opinião






Se você precisa de uma razão para não desistir de procurar por uma resposta satisfatória, lembre-se do que vai ler. Uma história para não ser esquecida, ainda mais com uma foto ilustrativa dessas.
Cedo a gente aprende a procurar um obstetra que nos entenda, depois um pediatra que faça milagres instantâneos às 3 e meia da madrugada e quando achamos que a rotina vai se resumir nisso, tem o odontopediatra. O ortodentista. A fonoaudióloga. Os professores particulares. Um sem fim de profissionais nos quais a gente confia a vida e o futuro de nossas crias.
São tantas as escolhas diárias que temos que fazer que agradecemos sinceramente qualquer indicação para resolver nossa necessidade. Ai que bom, alguém fez a lição de casa por nós! Me passa o telefone, por favor?
Fofoquinha colocou aparelho semana passada. A estrada para que isso acontecesse foi bem tortuosa. Fomos a uma ortodentista por indicação que, depois da avaliação, me disse que o tempo de tratamento seria de pelo menos 1 ano e meio, com 2 aparelhos móveis que custariam 20 patacas. A manutenção seria de 5 patacas por mês. Ela foi muito simpática e atenciosa, gostei dela. Foi minha primeira experiência com essa área de expertise e fiquei impressionada, mesmo achando essa quantidade toda de patacas um tanto demais. Mas não tinha nada para comparar.
Demorou alguns dias para cair a ficha, mas quando ela caiu, eu percebi que não precisava fazer nada que estivesse me incomodando. Fomos procurar uma segunda opinião, outra profissional. Fazer uma comparação, por que não? O mesmo diagnóstico, também com 2 aparelhos em 2 etapas, mas o primeiro fixo ao invés de móvel. A ortodentista me deu uma opção, vejam vocês, de cortar o tempo de tratamento em mais de 6 meses. Aparelho esse que custou 5 patacas, com manutenção de 3 patacas por mês.
Fui aprender que nessa especialidade, alguns profissionais só trabalham com um tipo de técnica e outros, mais flexíveis, que trabalham com várias, dando opções de tratamento para que a gente escolha a que melhor nos parece. E eu que achava que aparelho era um tipo só e pronto.
A lição maior que aprendi não foi sobre pedaços de plástico e arames, foi a de pesquisar sobre tudo e me dar o direito de mudar de ideia quando achar necessário.
Aliás, sabia que fonoaudiologia também tem linhas diferentes? Já perguntou para a da sua cria qual é a dela?


quinta-feira, 3 de junho de 2010

sara fanelli


Sara, como não nega o nome, é italiana. Nasceu em Florença e foi estudar arte em Londres aonde vive até hoje. Ela tem clientes no mundo todo, como The New Yorker, Penguin Books, Faber and Faber, Tate Modern Gallery, Ron Arad, Issey Miyake e V&A Museum.
Gente, escolher alguns exemplos de seu trabalho está sendo um problema. Sou uma péssima editora, gostaria de colocar tudo o que está em seu site, mas bem sei que não é possível. Antes que eu me entusiasme demais da conta, acho melhor vocês passarem lá, vale a pena a visita pois o site de Sara é uma obra prima ele mesmo.