domingo, 24 de abril de 2011

dia das mães/mother's day


Vou me adiantar aqui no post do Dia das Mães. Recebi uma reclamação interna de que meu blog anda muito "miúdo", onde andam aqueles textos que eu costumava escrever? Hoje à tarde, trabalhando em pleno feriado veio me cumprimentar um sapo que eu achei ter engolido faz tempo mas ele voltou para ser mastigado novamente, ruminante que devo ser. Já que me pediram texto, aqui vai. 
Lá pelos idos de 2002, barriguda com muito orgulho, não ganhei nadica de nada de presente do Dia das Mães. Eu ainda não era mãe. Como assim não era mãe?? Estava gerando o quê, uma raquete de tênis? Um chapéu de palha? 
Pelo raciocínio "Pró-Vida" (que eu discuto largamente, mas no momento veio convenientemente a calhar para eu provar meu ponto), a partir da concepção é ser vivo. Se é ser vivo e está nas minhas entranhas, humm...deve ser filho. Se é filho, sou mãe. Se sou mãe, porque não tinha direito a ganhar presente? Ia ser a única vez em que poderia ter ganho algo que fosse exclusivamente para mim, do meu gosto. Pré-ter a vida virada do avesso. O último par de fuck-me-good Louboutins, quem sabe. A esperança é a última que morre, né? Sobrou o sapo, já que a esperança morreu na praia. 
De 2003 em diante foi aquela parada de mimos pintados à mão ou esculpidos com todo o carinho pelas crias- que eu guardo todos, não se engane. Sigo a filosofia de que os pequenos tem que fazer os presentes, como mencionei aqui, e cada pecinha é preciosa e tem um lugar especial.
Posso estar errada no raciocínio, pode ser que tenha quem discorde de mim. Mas quem, em sã consciência, iria discutir na época com uma bola de hormônios jogando Pinball? E porque?
E você, ganhou presente enquanto estava grávida?

I'll get ahead here on my Mother's Day post. I got an inside complain that my blog isn't what used to be, it lacks the texts I used to write. As I was working this afternoon in the middle of the holyday, a old resentment came back to hunt me. Well, I was asked for more stories, so here's one.
Back in 2002, holding my belly with pride I was, and got ziltch for Mother's Day. I was told I wasn't a mother yet. Excuse me? What do you mean I wasn't a mom yet? What in hell was I nurturing, a racquetball? A straw hat?
If I follow Pro-Life line's of thought -I have lots and lots of reserve about this philosophy, but it comes handy now to help me to prove my point-from conception on it's considered a human life. If it's a human life and it's in my belly, humm, it should mean that she is my baby. If it's my baby, I am a mother. If I'm a mother, why wasn't I entitled to a gift? I was going to be my last chance of something for me and me alone before I had my life turned upside down. My last pair of fuck-me-good Louboutins, who knows.
From 2003 on there was a parade of handmade objects made by my kids with all their love, no less. Don't get me wrong, I love them and kept them all. I have as a rule that gifts by children should be handmade, not store bought.
I may be wrong about this whole thing, but who in their right mind would argue with a Pinball hormone ball at the time? And why, ohh why?
So, did you get a gift while you're pregnant?

Um comentário:

Ilana disse...

Eu ganhei presente quando estava grávida! Sabe o quê? O livro A Vida dos Bebês, do Dr. Lamare. Posso ruminar seu sapo um pouquinho também? rsrsrs
Beijos!